quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

[E]xperi(Ê)ncia[R] - Press Release

[RE]usa – Grupo Colectivo Al-Madan – Associação Cultural e
Recreativa de Almada
Patrícia Folgado Bargado da Costa – Me. Arqt.ª Paisagista
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro – Me Arqt.º Paisagista
Tânia Patrícia Rodrigues dos Santos – Me. Arqt.ª Urbanista
Teatro Municipal de Almada – Sala Audiovisuais
Av. Professor Egas Moniz 2804-503 Almada

17 – 31 Março 2012 INAUGURAÇÃO - 17 Março, 18h

Press Release

No início do séc. XX (1916) o Dadaísmo foi um movimento multidisciplinar que, entre outros princípios, preconizava o retorno do artista ao estatuto de artesão e ao seu anonimato na sociedade, sem qualquer compromisso com o mercado artístico (1919).

Marcel Duchamp (1913), mentor do Movimento Dada, questionou e reinterpretou o conceito tradicional de obra-de-arte: “o grande paradigma de Duchamp foi transformar o conceito de objecto artístico, alargando os seus limites denominativos a partir dos elementos tradicionais de legitimação – o nome, a assinatura, o título e o contexto espacial.” (in http://www.idearte.org/texts/44.pdf)

Foi então que o ready-made - uma técnica artística da manifestação Dada - consistia em deslocar um objecto quotidiano da sua função e contexto próprio para um outro puramente estético. Esta atitude, mais do que (re)tratar toda a constelação estética que envolve a obra e a conjuntura que a produz, também (re)valorizava o que a sustenta e a sanciona, tornando-se uma influência para a Arte Contemporânea.

Por outro lado, o Neoplasticismo – movimento artístico global iniciado em 1917, recorreu pelas mãos de Piet Mondrian, a pesquisas e experiências teórico-práticas traduzidas em cores primárias, formas geometrizadas e linhas rectas, com aplicações fundamentais na Arquitetura e na formulação do que hoje se conhece de Design.

Embora também tenha iniciado uma escola de vanguarda com um estatuto artesão (1919), a Bauhaus rapidamente primou pelo racionalismo neoplasticista, mas com uma ideologia puramente funcionalista. A execução de bens de consumo responderam então às novas necessidades e conhecimentos do pós-guerra, acabando por assumir um estilo essencialmente minimalista pelas mãos de Mies van der Rohe em 1930.

Numa assimilação destes princípios, o Grupo Colectivo [RE]usa tem vindo a reflectir, para além da atitude criativa de [RE]usar artesanalmente os objectos do quotidiano, sobre uma actual consciência ecológica. Foi por isso que, nos seus 2 últimos projectos (2010 e 2011), explicou de uma forma teórico-prática a importância da relação Homem – Objecto como ser criativo e elemento [RE]criado respectivamente. No entanto, tem percebido que não basta o objecto ser [RE]criado. Agora é preciso que o seu criador também seja capaz de o [RE]adaptar a diversas ocasiões.

Para tal, imagine a oportunidade de [E]xperi(Ê)nciar[R] vários objectos [RE]criados ou por [RE]criar em diferentes cenários, com diferentes estilos espaciais e temporais. Este será, no mínimo, um espaço bastante questionável, com múltiplas possibilidades de reflexão e do qual todos poderão fazer parte!

Assim sendo, aproveite esta Quinzena da Juventude e visite a exposição que apresenta o projecto dos [RE]usa para 2012.


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